sábado, 24 de janeiro de 2009

Até Que o Inverno os Separe.

Desculpem, mas, sou só eu ou mais alguém percebeu que na primavera e verão surge um clima megafalso de "o amor está no ar" principalmente entre aquelas pessoas, digamos em palavras sutis... inutilmente 'apopularizadas' pela sociedade lambe-ânus? Aqueles grupinhos comentadíssimos, quase públicos, imitações baratas de comédia-romântica-adolescente-americana, em que a líder de torcida é a namorada do capitão do time de basebol ou de futebol americano. A diferença é que, aqui, na minha cidade tão amada (compreendam o sarcasmo), não existem times de torcida e nem de futebol americano ou baseboll, nem patricinhas milhonarias mimadas e garotinhos filhinhos de papai toscos (ok, confesso, alguns são), são pessoas que acham que só porque tem um pouco mais de dinheiro no bolso e se juntam com a outra biscatinha riquinha disponível no cardápio tem o direito de achar que estão mandando em alguma coisa, de julgar Deus eu o mundo e fazer escândalo porque o seriado megapodre foi tirado do ar justo na fase mais 'cool'.

A pior coisa é que não são só estes que aproveitam o período de reprodução para acasalar e não ver mais o parceiro quando se inicia o outono. Dando uma breve olhada nos "subnick's" no meu MSN, vi que não é contável nos dedos o numero de pessoas que estão com frases do tipo "amor eu te amo tanto, tanto, tanto, tanto..." e que na primeira brisa fria não vão mais nem se lembrar de quem abraçaram, beijaram e juraram amor eterno. Cada um sabe muito bem o que faz do próprio corpo, mas se eu pudesse dar uma opinião bem pessoal seria que ficassem com quem quisessem, mas amor não é só entardecer na praia e eterno é muito tempo para acabar no fim do verão.





Espero, sinceramente, que ninguém leve isso para o lado pessoal, são conclusões minhas sobre pessoas fúteis.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pequena Introdução aos Contos-de-Fadas.


É incrível a capacidade humana de sonhar. Sonhar com aquele amor verdadeiro, o príncipe encantado que chega do além, te coloca em cima de um cavalo branco e leva para o castelo de fantasia. A história, apesar de patética, é bonitinha. Isso não acontece na vida real. Você não vai 'ficar' com o príncipe se não souber no mínimo o nome dele, e eu não vi em nenhuma história a vossa majestade entregando para a princesa uma lista completa sobre sua vida, suas manias, desejos, ambições, passado, cicatrizes, ex-namoradas grudentas, sogra-vaca, irmão tarado, tia estranha, cachorro carnívoro, hábitos alimentares extremamente... exóticos. Se ele entregasse, ao invés da princesa subir no cavalo em direção ao castelo 'melo fofo', chegaria de voadora no rapaz e se embrenharia na floresta junto do tal cavalo.

Não, eu não estou sendo nem um pouco exagerada, mas sabe como é, essas histórias aconteciam numa época em que as pessoas eram, digamos, cheias de atitude. Mas, indo direto ao ponto, quando chega alguém quem você só conhecia de vista e ouvir falar e se declara louco por você, isso assusta. Porque ninguém lembra do tal príncipe nessas horas? Eu quero, de verdade, entender essa historia, pergunte pra qualquer patricinha sonhadora na rua o que ela deseja do amor, ela vai dizer que o príncipe dela deve ter um cavalo rosa. Apresenta pra ela alguém em cima do tal cavalo, a primeira reação é tentar conquistar um amigo gay. Confuso.

O melhor mesmo, é não correr atrás das borboletas. Elas não pousam em quem corre atrás delas. E não escolher a azul quando seu jardim está cheio de amarelas. Na verdade, o melhor mesmo é sair do jardim. Vá pescar que você ganha mais. Estressei.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Que bons ventos nos levem.

Nossa! Um bom tempo sem postar, já estava com saudades disso aqui. Férias, as ultimas férias 'normais' da minha vida. Dá uma frio no estômago, uma espécie de mal-estar que assusta mas ao mesmo tempo da uma sensação de dever cumprido. Terminei o segundo ano, estou no terceiro agora, as ferias desse ano serão para estudar para o vestibular, me despedir da minha prima que passou todas as minhas férias comigo desde que começamos a estudar (ela fará intercâmbio ano que vem, enquanto isso eu estou na faculdade, quando ela voltar se mudará para o litoral, e bla, bla, bla... ja viram ?! Daqui para frente, outro tipo de férias!). Devo confessar que isso não será fácil pra mim, tendo em vista que sou muito apegada à um tipo de 'rotina anual', me sinto impotente vendo tudo que sempre deu certo mudar sem que eu possa parar.
Fim dos estudos obrigatórios dão a péssima e erronea impressão de que estamos prontos para encarar tudo o que vier por aí, que somos super-heróis aptos a salvar o mundo. Aí, pronto, deu-se a desgraça. O que dá de gente que vai morar sozinha e tranca faculdade pra voltar e se tratar na casa dos pais, ou pior, que por já conseguir ser aceito em alguns empregos está definitivamente livre de tudo o que envolva livros.
Espero, sinceramente, que este conceito do que é formar-se no ensino médio mude, o número de alunos nas faculdades aumentaria e, logo depois, o desenvolvimento deste país.