terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pequena Introdução aos Contos-de-Fadas.


É incrível a capacidade humana de sonhar. Sonhar com aquele amor verdadeiro, o príncipe encantado que chega do além, te coloca em cima de um cavalo branco e leva para o castelo de fantasia. A história, apesar de patética, é bonitinha. Isso não acontece na vida real. Você não vai 'ficar' com o príncipe se não souber no mínimo o nome dele, e eu não vi em nenhuma história a vossa majestade entregando para a princesa uma lista completa sobre sua vida, suas manias, desejos, ambições, passado, cicatrizes, ex-namoradas grudentas, sogra-vaca, irmão tarado, tia estranha, cachorro carnívoro, hábitos alimentares extremamente... exóticos. Se ele entregasse, ao invés da princesa subir no cavalo em direção ao castelo 'melo fofo', chegaria de voadora no rapaz e se embrenharia na floresta junto do tal cavalo.

Não, eu não estou sendo nem um pouco exagerada, mas sabe como é, essas histórias aconteciam numa época em que as pessoas eram, digamos, cheias de atitude. Mas, indo direto ao ponto, quando chega alguém quem você só conhecia de vista e ouvir falar e se declara louco por você, isso assusta. Porque ninguém lembra do tal príncipe nessas horas? Eu quero, de verdade, entender essa historia, pergunte pra qualquer patricinha sonhadora na rua o que ela deseja do amor, ela vai dizer que o príncipe dela deve ter um cavalo rosa. Apresenta pra ela alguém em cima do tal cavalo, a primeira reação é tentar conquistar um amigo gay. Confuso.

O melhor mesmo, é não correr atrás das borboletas. Elas não pousam em quem corre atrás delas. E não escolher a azul quando seu jardim está cheio de amarelas. Na verdade, o melhor mesmo é sair do jardim. Vá pescar que você ganha mais. Estressei.

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